Obrigado pelas tuas palavras, Bruno

Mas é capaz de demorar um bocadinho até a B-rule voltar a ser cumprida...

Espero que todos colaborem para isso!
Em relação à identificação vector-sinal*, como o Bruno referiu, é realmente muito engraçada e esclarecedora. Apenas para acrescentar algumas informações em relação a esse assunto, é muito interessante que exista de facto uma correspondência formal, mais do que uma analogia, entre os dois conceitos. Intuitivamente, costuma-se pensar num sinal (função do tempo) como um vector na base dos tempos: para sinais discretos (i.e. funções que existem apenas em instantes inteiros), cada instante constitui um versor desta base; temos assim a base

.
A partir deste ponto, todas as operações sobre o sinal podem ser entendidas num sentido geométrico, com análogo directo nas transformadas de Fourier. Por exemplo, para a translação no tempo, ou seja,
![x[n]\to x[n-k] x[n]\to x[n-k]](/phpBB3/latexrender/pictures/8b67cdb0077f8fdae3a9fd3e850bfc92.gif)
: uma vez temos as mesmas componentes em versores diferentes, a operação geométrica associada é simplesmente uma rotação em torno da origem! No caso da transformada de Fourier de

(neste caso uma DFT -
Discrete Fourier Transform) verifica-se isso mesmo, vindo os coeficientes multiplicados de

, o que corresponde a uma rotação no plano complexo (um dos meus professores costuma dizer que a exponencial "rouba fase").
Uma outra operação, esta frequente em Física Experimental (e, aproveito para dizer, provas experimentais. Por isso, caros olímpicos, isto também vos diz respeito

), é a de efectuar uma regressão. Em geral, queremos ajustar um conjunto de pontos experimentais a uma função de um dado tipo, habitualmente uma combinação linear de funções simples (um ajuste linear será da forma

, enquanto outros ajustes frequentes são

ou

). A técnica geral para efectuar estes ajustes, a de mínimos quadrados, mais não é do que a projecção de um vector (a vossa função determinada experimentalmente) num referencial formado pelas funções componentes do vosso ajuste!

Assim, por exemplo, um ajuste linear não é mais do que encontrar

e

, sendo o erro do ajuste determinado pela norma do vector diferença das duas funções

Não pude deixar de me alongar um pouco neste assunto, mas espero que esta unificação de conceitos vos traga tanto
enlightenment como a mim

* Desculpem-me por falar em sinais e não em funções, mas simplesmente estou mais habituado à terminologia. Defeito profissional, se quiserem
