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PS: Explico melhor o beco sem saída:
1- Porque é que a pedra cai?
2- Porque há a força da gravidade, proporcional às massa e inversamente proporcional ao quadrado da distância (Newton)
3- Mas porque existe tal força? (beco sem saída ao tempo do Newton)
4- Porque a massa provoca uma deformação do espaço tempo? (Actual)
5- Mas porque é que ocorre tal deformação? E porque é que existe o espaço tempo e tem essas propriedades? Quando foi criado o espaço tempo? Já existia antes do Big-Bang? (beco sem saída)
Reparem como é fácil chegar rapidamente a um beco sem saída (sem resposta) quando se colocam à Física perguntas do tipo porquê (no sentido causal). Para um leigo, o facto de chegarmos tão depressa a um beco sem saída (neste, como em muitos outros assuntos) pode querer indicar que a Física "não vale nada"; mas as pessoas não sabem que mesmo sem sabermos realmente os porquês, conseguimos lançar naves para o cosmos, manipular átomos, etc, com uma precisão e capacidade de previsão (do que vai acontecer nestas e naquelas circunstâncias) absolutamente espantosa - nenhuma outra ciência se lhe compara.
Não é interessante?

Dava "pano para mangas", este tema...

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Dava mesmo Jap.
Achei muito interessante o exemplo que deste para opinar sobre esta questão.
Realmente, quer queiramos quer não, a verdade é que a simples noção de Gravidade ainda hoje não consegue ser explicada simultaneamente pelas duas principais teorias mundialmente aceites, a Teoria da Relatividade de Einstein e a Teoria Quântica para a qual ele lançou os primeiros alicerces.
Na verdade, ele conseguiu, através de uma genial interpretação matemática da ocorrência física que é a gravidade, explicar o seu efeito, dando-lhe uma origem.
Mas essa explicação falha quando começamos a entrar na dimensão da física das partículas.
A teoria quântica também não consegue explicar a gravidade de forma minimamente satisfatória.
Por isso, se duas teorias não conseguem explicar simultaneamente no macro e microcosmos uma das forças mais importantes do universo, então no futuro elas terão inevitavelmente de ser revistas, ou pelo menos melhoradas.
Por muito que isso possa parecer absurdo aos cientistas que defendem, com unhas e dentes, essas teorias.
Enfim, veremos o que se vai descobrir com o novo acelarador de partículas.
